sexta-feira, 28 de julho de 2023

A CARTA DA TERRA - RELEITURA URGENTE!

 A CARTA DA TERRA

PREÂMBULO

Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro reserva, ao mesmo tempo, grande perigo e grande esperança. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações.

TERRA, NOSSO LAR

A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, é viva como uma comunidade de vida incomparável. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade de vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todos os povos. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.

A SITUAÇÃO GLOBAL

Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, esgotamento dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente e a diferença entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.

DESAFIOS FUTUROS

A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais em nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem supridas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos no meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas.

RESPONSABILIDADE UNIVERSAL

Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com a comunidade terrestre como um todo, bem como com nossas comunidades locais. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões local e global estão ligadas. Cada um compartilha responsabilidade pelo presente e pelo futuro bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida e com humildade em relação ao lugar que o ser humano ocupa na natureza. Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como padrão comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e instituições transnacionais será dirigida e avaliada.

PRINCÍPIOS I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA

1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade. a. Reconhecer que todos os seres são interdependentes e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos. b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.

2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor. a. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais, vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas. b. Assumir que, com o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder, vem a maior responsabilidade de promover o bem comum.

3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas. a. Assegurar que as comunidades em todos os níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada pessoa a oportunidade de realizar seu pleno potencial. b. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a obtenção de uma condição de vida significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.

4. Assegurar a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e às futuras gerações. a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras. b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra a longo prazo.

II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA

5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial atenção à diversidade biológica e aos processos naturais que sustentam a vida.

a. Adotar, em todos os níveis, planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável que façam com que a conservação e a reabilitação ambiental sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.

b. Estabelecer e proteger reservas naturais e da biosfera viáveis, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.

c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados.

d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que causem danos às espécies nativas e ao meio ambiente e impedir a introdução desses organismos prejudiciais.

e. Administrar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não excedam às taxas de regeneração e que protejam a saúde dos ecossistemas.

f. Administrar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que minimizem o esgotamento e não causem dano ambiental grave.

6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.

a. Agir para evitar a possibilidade de danos ambientais sérios ou irreversíveis, mesmo quando o conhecimento científico for incompleto ou não-conclusivo.

b. Impor o ônus da prova naqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que as partes interessadas sejam responsabilizadas pelo dano ambiental.

c. Assegurar que as tomadas de decisão considerem as conseqüências cumulativas, a longo prazo, indiretas, de longo alcance e globais das atividades humanas.

d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.

e. Evitar atividades militares que causem dano ao meio ambiente.

7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.

a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.

b. Atuar com moderação e eficiência no uso de energia e contar cada vez mais com fontes energéticas renováveis, como a energia solar e do vento.

c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias ambientais seguras.

d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam às mais altas normas sociais e ambientais.

e. Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.

f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito.

8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover o intercâmbio aberto e aplicação ampla do conhecimento adquirido.

a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.

b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano.

c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, permaneçam disponíveis ao domínio público.

III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA

9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.

a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, alocando os recursos nacionais e internacionais demandados.

b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma condição de vida sustentável e proporcionar seguro social e segurança coletiva aos que não são capazes de se manter por conta própria.

c. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem e habilitá-los a desenvolverem suas capacidades e alcançarem suas aspirações.

10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.

a. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.

b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e liberá-las de dívidas internacionais onerosas.

c. Assegurar que todas as transações comerciais apoiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.

d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas consequências de suas atividades.

11. Afirmar a igualdade e a equidade dos gêneros como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.

a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.

b. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.

c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e o carinho de todos os membros da família.

12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, com especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.

a. Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.

b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas com condições de vida sustentáveis.

c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitandoos a cumprir seu papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.

d. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.

IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ 1

3. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e prover transparência e responsabilização no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões e acesso à justiça.

a. Defender o direito de todas as pessoas receberem informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que possam afetá-las ou nos quais tenham interesse.

b. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações interessados na tomada de decisões.

c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de reunião pacífica, de associação e de oposição.

d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos judiciais administrativos e independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.

e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.

f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.

14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.

a. Prover a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.

b. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade.

c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no aumento da conscientização sobre os desafios ecológicos e sociais.

d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma condição de vida sustentável.

15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.

a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de sofrimento.

b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.

c. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.

16. Promover uma cultura de tolerância, não-violência e paz.

a. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.

b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para administrar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.

c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até o nível de uma postura defensiva não-provocativa e converter os recursos militares para propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.

d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em massa.

e. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico ajude a proteção ambiental e a paz.

f. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.

 

O CAMINHO ADIANTE

Como nunca antes na História, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa destes princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta. Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável nos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão.

Devemos aprofundar e expandir o diálogo global que gerou a Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca conjunta em andamento por verdade e sabedoria. A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Entretanto, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo.

Todo indivíduo, família, organização e comunidade tem um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.

Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacionalmente legalizado e contratual sobre o ambiente e o desenvolvimento.

Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação dos esforços pela justiça e pela paz e a alegre celebração da vida.

Fonte: http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/text.html

Obs. da Profa. Tania Belfort – torna-se imprescindível a RELEITURA DA “CARTA DA TERRA” em função dos graves riscos que atualmente corremos com os da guerra, fome, crises climáticas, formação de novos blocos geopolíticos de poder, desunião entre os povos, distanciamento entre as pessoas que passam a se relacionar mais com seus aparelhos celulares, e finalmente a chegada da INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL que talvez irá definir se iremos continuar ou não como espécie Homo Sapiens nesse planeta, devido às escolhas que fizermos. NÓS SOMOS UMA ÚNICA HUMANIDADE, HABITANDO ESSE ÚNICO PLANETA COM VIDA COMO CONHECEMOS. O QUE NOS IMPEDE DE CONSTATAR ESSA VERDADE E ATENDER ESSA DEMANDA? PARTICIPE! – NOSSO FUTURO DEPENDE DA NOSSA INTERDEPENDÊNCIA FRATERNA E AMOROSA!

OM SHANTI

28 Julho 2023

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

APELO DA NSEWA À CORTE EUROPEIA DE DIREITOS HUMANOS

 

NSEWA - NOOSPHERIC, SPIRITUAL, AND ECOLOGICAL WORLD ASSEMBLY

ASSEMBLEIA MUNDIAL ECOLÓGICA, ESPIRITUAL E NOOSFÉRICA 

apresenta ideias, fatos, conceitos científicos, e recomendações

para uma NOVA HUMANIDADE

www.newhumanity.ru    Moscow, Russia


"APPEAL TO THE EUROPEAN COURT OF HUMAN RIGHTS"

                             APELO À CORTE EUROPEIA DE DIREITOS HUMANOS

Council of Europe
F-67075 Strasbourg cedex

Correspondência Enviada No. 525 - NSEWA
Data: 25  Novembro, 2021
Tribunal Internacional de Nurenberg-2
Senderstr. 37 37077 Göttingen, Dr.Reiner Fuellmich

E-mail: info@fuellmich.com Telefone: +49 551 209120; Telefax: +49 551 20912144


Cópias:
Secretário-Geral das Nações Unidas, Sr. Antônio Gutierrez
E-mail: ecosocinfo@un.org
Tribunal Penal Internacional
E-mail:otp.informationdesk@icc-cpi.int
Po Box 19519
2500 CM, Haia
Países Baixos
Maanweg, 174 Regulusweg
The Hague 2516 AB,
email:visits@icc-cpi.int
Tribunal
Internacional de Direito Natural
E-mail:contact@ITNJcommittee.org
Tribunal Europeu dos Direitos do Homem
Conselho da Europa
F-67075 Estrasburgo cedex


APELO dos Membros da NSEWA:

Aos Representantes de organizações públicas sobre as decisões dos Participantes do Fórum de Davos, OMS, e representantes de estruturas governamentais mundiais sobre a Saúde Mental.

Essa Declaração baseia-se num MANIFESTO SOBRE A ILEGITIMIDADE E ILEGALIDADE DAS AÇÕES DE PESSOAS QUE SOFREM DE DISTÚRBIOS MENTAIS ATUANDO A NÍVEL PÚBLICO MUNICIPAL, INTERESTADUAL E INTERNACIONAL - SOLICITANDO CONSIDERAREM A NULIDADE JURÍDICA DAS LEIS, ESTATUTOS, RESOLUÇÕES, DECRETOS, ORDENS, CONTRATOS, NACIONAIS E INTERNACIONAIS, POR ELAS ADOTADOS.

A humanidade, como população, está desfalecendo e em estado de colapso. Esse processo ocorre devido a um aumento excessivo do número de pessoas que estão no comando do poder, com vários sofrimentos mentais: a partir de um complexo de inferioridade para as formas mais graves. Em tais períodos históricos, a inversão da população ocorre.

Em 'comunidades invertidas', o potencial intelectual da população está diminuindo rapidamente; fronteiras sociais e  nacionais são desrespeitadas - (por exemplo, isso se manifesta no globalismo); ideias patológicas começam a florescer. As pessoas tendem a formar grandes aglomerados, exemplos dos quais são megacidades, grandes empresas e monopólios, partidos políticos e subculturas.

Os doentes mentais consolidam-se nas chamadas "estruturas de poder". Sinais de inversão, em particular, são a política de proibições na área dos direitos humanos inalienáveis que são outorgados aos humanos pelo direito ao nascimento, a apreensão de propriedades, a falta de justiça adequada, a "gestão" de pessoas em órgãos do Estado com a ajuda de informações comprometedoras sob ameaças de serem publicadas, falsificação de casos criminais, e a disseminação de informações falsaps, não confiáveis sob o pretexto de um preposto oficial. Quando a comunidade invertida começa a "administrar" o estado, o país perde o controle e começa a declinar.

Alguns dos transtornos mentais predominantes em comunidades em colapso são a insanidade moral e os Transtornos Delirantes. O Transtorno Delirante na psiquiatria é caracterizado pelos seguintes sinais:   

O transtorno delirante é um transtorno psicopático que se manifesta no desenvolvimento de ideias delirantes persistentes que têm sido observadas por um longo tempo. É caracterizado pela presença de um delírio sistemático no paciente. O paciente está convencido de que há algo falso que não tem razões objetivas e relevância.                            

As ideias delirantes são persistentes, não estão sujeitas a nenhuma dinâmica pronunciada e estão sempre associadas a um tópico específico. Com o transtorno de personalidade delirante crônico, o delírio persistente torna-se um sintoma constante. Uma única imagem de delírio ou uma série de imagens relacionadas se desenvolve. 

Ao mesmo tempo, no quadro clínico, não há sintomas distintos de episódios maníacos depressivos ou sinais de esquizofrenia como pseudoalucinações auditivas e pensamentos desorganizados.  No 'transtorno delirante', o empobrecimento emocional e volitivo não é observado, i.e., o paciente, na fase final da doença, não se torna inativo, preguiçoso e passivo. Pacientes com transtorno delirante exibem comportamento desviante (rejeitado) e criminoso, justificando seus atos pela necessidade de realizar seus objetivos. O resultado do comportamento criminoso são crimes (roubo, incluindo bens em grande escala do Estado, assassinatos, genocídio, tráfico de escravos, atos terroristas, etc.), que são descritos nos códigos criminais de todos os países do mundo, bem como no Código de Nuremberg de 1947.  

De acordo com estatísticas oficiais, citadas em 2003  pelo cientista russo Igor Viktorovich Smirnov, MD, Professor, Acadêmico da Academia de Ciências da Rússia, fundador de Psicotecnologias da Computação, 49,2% dos funcionários que exerciam o poder eram doentes mentais e traficantes. A lista de ideias delirantes-padrão que, sem mudar, acompanham a humanidade século após século e são característicos de pessoas com uma psique perturbada, inclui os seguintes:   

- a escolha de Deus; a redução da população, mutilações, assassinatos e assassínios em massa; o domínio do mundo; a redução da população; o controle total; o genocídio, a melhoria da humanidade através de meios mecanicistas e da sequenciação do genoma (mania do "vigário" de Deus na Terra), e outras a fim de controlar os homens de forma mecânica (síndrome de Frankstein); conseguir um escravo perfeito; e perversões sexuais, com a criação de comunidades adequadas.

Essas ideias desfalecidas forçam os indivíduos com psique danificada a correr para aglomerados em colapso, o que inevitavelmente leva a uma profunda aceleração da autodestruição da população. O produto de uma mente doente e derivados das ideias delirantes acima são as ideias de reconstrução social da sociedade (por exemplo, feudalismo, socialismo, capitalismo, sociedade pós-industrial, etc.), e outras revoluções, sociedades secretas com a ideia de tomar o poder, monopolismo (tanto industrial quanto religioso), ideias de um governo mundial,  do estabelecimento de uma nova ordem mundial, fascismo, seleção negativa artificial e outras afins.

O Projeto Covid-19 atende a delírios de desmaio sem escondê-lo. Lamentamos afirmar que todas as demandas pandêmicas são uma manifestação de insanidade e nada têm a ver com ações legais, sociais, ou sanitário-epidemiológicas, como as seguintes:

- o requisito de usar máscaras que não protejem contra a infecção;

- a crença na presença de vírus que nunca foram isolados como objeto biológico e que representam um modelo informático;

- a vacinação, denominada imunoprofilaxia, embora nada tenha a ver com o reforço da imunidade; pelo contrário, debilita, provocando deficiências e um aumento da mortalidade.  

- a fragmentação da população sob o pretexto de melhorar o homem e aumentar as suas capacidades;                      

Ao mesmo tempo, como qualquer comunidade de pessoas mentalmente perturbadas, elas utilizam seus impulsos delirantes patológicos para elaborar planos políticos, com cálculos precisos e protegendo seus interesses. Tais métodos para redução da população, por exemplo, incluem:  

- matar deliberadamente a população com a ajuda de armas químicas e biológicas (por exemplo, com a ajuda de componentes químicos, tecnologia 5G), métodos médicos como a vacinação, promoção de guerras e conflitos militares, crises econômicas e financeiras.       

- a proibição da produção de produtos naturais da pecuária e da produção vegetal e a criação de condições para a fome artificial;                                        

enfraquecimento da saúde pública através da introdução de alimentos não naturais na dieta (por exemplo, substituindo a proteína natural da carne e do peixe com "proteína" de larvas de besouro, gafanhotos, helmintos, etc.) de vários tipos, organismos e plantas geneticamente modificadas, envenenamento de alimentos com aditivos químicos, cultivo de alimentos usando fertilizantes químicos,  herbicidas e pesticidas;                                             

- violação da fisiologia do desenvolvimento das crianças através da introdução da alimentação artificial e da vacinação injustificada, a partir do momento do seu nascimento; 

- supressão da função reprodutiva com a ajuda de várias tecnologias sociais e médicas, tais como a propaganda da homosexualidade, a mudança de sexo, a fertilização in vitro, etc...  

- a criação da fome artificial e outras condições de privação, incluindo a aquisição de bens "legalmente" sob o pretexto de mudar o sistema social.  Assim, nas condições de inversão populacional, com o domínio de pessoas mentalmente doentes trabalhando em órgãos governamentais e em agências de aplicação das leis em diferentes países, bem como organizações internacionais (OMS, Fórum de Davos, Banco Europeu para a Reconstrução, etc...), afirmamos que:                      

1) O poder torna-se ilegítimo e ilegal, porque os doentes mentais são conduzidos por impulsos patológicos delirantes que visam a destruição, e não em benefício do seu país, do seu povo e do mundo;

2) Todas as leis, estatutos, resoluções, decretos e ordens adotadas  por pessoas mentalmente destruídas, bem como os contratos assinados por eles, incluindo os internacionais, não têm força jurídica, uma vez que os doentes mentais não têm o direito de exercer autoricade e participar nas relações internacionais.  

2)    Em conexão com os fatos acima e considerando suas consequências, oferecemos as seguintes recomendações:


1. Por decisão do Tribunal Internacional de Nurenberg-2, proceder com a exigência de um exame obrigatório da capacidade das pessoas que organizaram o colapso da civilização em todas as áreas da vida, incluindo os seus cúmplices em diferentes países, que obedecem  implicitamente às instruções misantrópicas do 'único centro' e organizam o genocídio da população em todas as regiões do planeta Terra;                        

2. Através da decisão do Tribunal Internacional de Nuremberg-2, criar uma comissão internacional de psiquiatras, especialistas no domínio da investigação sobre a atividade nervosa, advogados internacionais para examinar as pessoas, expostas pelas autoridades, que tomam decisões inadequadas, tanto a nível planetário como a nível estatal (Fórum de Davos, OMS. o "Clube de Roma", o "Comitê de 300", etc...);

3 - Na presença de anomalias mentais nos membros das organizações acima referidas, invalidar e anular as leis, estatutos, resoluções e declarações, bem como os contratos por eles assinados, incluindo os internacionais, uma vez que não têm força jurídica, porque os doentes mentais não têm o direito de exercer posições de autoridade, o direito de participar nas relações internacionais, ou ditar suas visões para a reconstrução do mundo!

Gordina Liubov Sergeevna,

Nascida viva, pessoa viva, Presidente da NSEWA (Assembleia Mundial Ecológica, Espiritual e Noosférica; Doutora em Filosofia, Candidata de Ciências Técnicas, Acadêmica de mais de 10 Academias Internacionais e Nacionais, Honrada Trabalhadora da Cultura da Rússia, Mulher do Ano em 2004 (de acordo com a versão ABI), Intelectual Excelente do Século XXI pela Universidade de Cambridge.

Esse Apelo foi um documento elaborado em conjunto com escritórios de representação da NSEWA em mais de 50 países do mundo.  Eis as assinaturas de todos os que concordaram:

A. Dudina,

Representante do NSEWA no Canadá,
Psicoterapeuta acreditado, membro certificado da Associação Profissional de Conselheiros e Psicoterapeutas em Ontário.


S. Blank,
Coordenadora da NSEWA – Assembleia Mundial Ecológica, Espiritual e Noosférica nos EUA; membro da União Internacional de Escritores, levando programas educacionais na Internet, Professora, autora de mais de 50 monografias sobre kirlianografia.

S. N. Lubyanov,
Vice-presidente do Conselho Público da Sociedade Civil de Moscovo

V.A.Mishin,
Editor-Chefe do Jornal Público Federal "Vladimirskaya Rus"

A.P.Krokhalev,
Chefe da Associação All-union "União das Comunidades dos Povos da Grande Rússia"

V.N.Lapkin,
Chefe da organização sem fins lucrativos do Fundo Europeu para Atrair e Apoiar Investimentos Yekaterinburg

S.I. Mitrokhov,
Chefe do Partido Popular Político "União do Movimento Comunista da URSS-Rússia"

S.L.Goncharov,
Secretário do movimento sociopolítico "União dos Criadores da Santa Rússia",

L.V.Amelina,
Presidente em exercício da Sociedade de Consumo "Governo Popular da Região de Vladimir"

A.G.Tsaritsin,
Presidente do Gabinete de Representação da região de Chelyabinsk da ONG "Combat Brotherhood" em Moscou e nas regiões próximas.

N.V.Spivak,
Chefe da organização pública "Órgão Legislativo (representativo) do poder estatal da RSFSR/URSS", Sebastopol

N.V.Savina,
Chefe do estúdio Teatro de Moscou "Camellia"

S.S.Sokolova,
Chefe da União das Escolas e Organizações Teológicas

N.M.Orlov,
Co-presidente da Comissão Constitucional do Povo da Rússia Central.

 

Tradução livre e impessoal da Profa. Tania Belfort, presidente do

Star of Peace Project – (Projeto Estrelas da Paz Mundial), em prol da

humanidade, da livre expressão de ideias, das Relações Humanas Corretas, 

da Transparência e da Verdade.  

28 de Fev. 2022

                                  ''SOMOS UMA ÚNICA HUMANIDADE"

                                                       Om Shanti

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

FELIZ ANO NOVO! HAPPY NEW YEAR - CANTO DE ÓPERA POR DRA. LIUBOV GORDINA

Queridos amigos da Terra e Protetores da Noosfera,


Queremos transmitir para vocês o presente musical que nos foi enviado 

pela Dra. Liubov Gordina, nossa presidente, residente em Moscow

e membro da sociedade global, atuante em prol da paz, da ecologia, 

da ciência, e da união entre os povos, saudando-nos e desejando 

um ano novo auspicioso. Que possamos evoluir nossas consciências

e mente coletiva a partir das lições dolorosas desses últimos anos, 

continuando unidos apesar das variadas diferenças culturais, 

políticas, econômicas e religiosas, entre outras, pois: 

      - NÓS SOMOS UMA ÚNICA HUMANIDADE 

        E JUNTOS CONTINUAREMOS PROTEGENDO 

        OS DEMAIS SERES PLANETÁRIOS 

        DE TODOS OS REINOS HUMANOS

        E DA NATUREZA.

Agradecemos aqueles que nos seguem e desejamos muita 

paz, saúde e equilíbrio em seus lares e comunidades.  


Vamos agora apreciar a belíssima voz da 

Dra. Liubov, palavra russa que significa AMOR!

     (copiar e colar no browser principal) 

https://cloud.mail.ru/stock/iApJmYiutrL4FJecNSmXDp5k


Abraço fraterno e unificador,


Profa. Tania Belfort

NSEWA BRASIL e

Star of Peace Project





quarta-feira, 22 de setembro de 2021

ESTAMOS VIVENCIANDO UM "PONTO DE MUTAÇÃO"!

 Prezados Leitores, 

Não podemos deixar de compartilhar com todos vocês

as preocupações que nos circundam, o aumento do risco

de nossas vidas perante a vulnerabilidade e o imponderável.

Entretanto, no final desse diálogo, mencionar que existe uma 

saída: o Despertar para a Espiritualidade, para a Unidade, e

para a realização do fato de que estamos numa zona abissal!


NOTÍCIA IMPORTANTE RECENTE:

O incrível testemunho do Dr. Volodymyr Zelenko no tribunal 

rabínico de ... Este bravo médico (que tratou de Donald Trump) proclama publicamente que está ocorrendo uma 3ª guerra mundial. O Genocídio está acontecendo....

BEST QUOTE OF THE WEEK:

“THE RADICAL INSIGHT OF SPIRITUAL AWAKENING

IS THAT THERE IS NOWHERE ELSE TO GO.

THERE IS NO BETTER MOMENT WAITING

 FOR US IN THE FUTURE

THIS MOMENT IS IT.”   

Craig Hamilton


"O INSIGHT RADICAL DO DESPERTAR ESPIRITUAL

É QUE NÃO EXISTE QUALQUER OUTRO LUGAR PARA IR.

NÃO EXISTE UM MOMENTO MELHOR ESPERANDO

POR NÓS NO FUTURO.

ESSE É O MOMENTO."

                                                 CRAIG HAMILTON
                                                       
                                                         **********

"ESTOU AQUI PARA SOAR O ALARME:

O MUNDO PRECISA ACORDAR!

NÓS ESTAMOS NA BEIRA DE UM ABISMO -

E MOVENDO-SE NA DIREÇÃO ERRADA.

NOSSO MUNDO NUNCA ANTES 

ESTÊVE TÃO AMEAÇADO.

...OU MAIS DIVIDIDO.

ESTAMOS VIVENCIANDO

A MAIOR CASCATA DE CRISES

DE NOSSAS VIDAS."

ANTONIO GUTERRES

(SECRETÁRIO GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS)




A GRANDE INVOCAÇÃO  

LIBERADA PARA A HUMANIDADE
PELO MESTRE TIBETAO DJWHAL KHUL 
PRÁTICA DIÁRIA RECOMENDADA...

"Do ponto de Luz na mente de Deus,
Que flua Luz às mentes dos homens
Que a Luz desça sobre a Terra.

Do ponto de Amor no Coração de Deus,
Que flua Amor aos corações dos homens.
Que Cristo volte à Terra.

Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,
Que o propósito guie as pequenas vontades dos homens.
O propósito que os Mestres conhecem e servem.

Do centro a que chamamos a raça dos homens,
Que se cumpra o Plano de Amor e de Luz
e sele a porta onde mora o mal.

Que a Luz, o Amor e o Poder
restabeleçam o Plano na Terra."

Mestre D.K.

 


quarta-feira, 11 de agosto de 2021

NOVO RELATÓRIO DO IPCC - O AQUECIMENTO GLOBAL JÁ ESTÁ AQUI!

 RELATÓRIO DO IPCC COMPROVA:

O AQUECIMENTO GLOBAL JÁ ESTÁ AQUI

 

Google Street View

 

Mudanças climáticas estão mais rápidas, generalizadas e se intensificando;

já não resta dúvida de que influência humana é fator determinante,

o que aumenta pressão sobre COP-26

 

9 de agosto de 2021, 11:23

 

Giovana Girardi

 

Sem ação humana, chance de ocorrência de eventos extremos observados na

última década seria de 0 a 5%, aponta IPCC. Um dos autores do relatório,

Paulo Artaxo pontua: já passamos de 1,5 grau em áreas habitadas

Concentração de gases estufa em 2019 é a maior em 2 milhões de anos

Neste fim de semana, enquanto ocorriam as últimas competições da

Olimpíada de Tóquio sob um calor que derrubou vários atletas da maratona

 – inclusive dois brasileiros –, moradores de ilhas da Grécia eram retirados

de suas terras às pressas, fugindo de incêndios florestais que tomavam a

região há mais de dez dias. Um vídeo desesperador mostra o momento

em que centenas de moradores de Evia, dentro de um ferryboat,

se veem cercados por fogo de todos os lados.

 

Não são eventos isolados. Diversos países do hemisfério norte estão

sendo particularmente castigados neste verão. Começou com uma forte

onda de calor na América do Norte, em especial no oeste do Canadá,

onde a temperatura bateu 49ºC e uma centena de pessoas morreu.

Mais duas centenas de mortes ocorreriam logo depois na Alemanha,

na Bélgica e na Holanda em decorrência de enchentes que devastaram

diversas cidades. Na sequência, a província chinesa de Henan

foi atingida, em apenas três dias, por uma quantidade de

chuva que normalmente cairia ao longo de quase um ano.

Aqui no Brasil, no hemisfério sul, vivemos a maior crise hídrica

do registro histórico.

 

Prefeitura de Tóquio

 

As olimpíadas em Tóquio foram marcadas pelas altas

Temperaturas

 

Para não deixar dúvidas sobre o que está provocando tanto

estrago, o relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre

Mudanças Climáticas), lançado nesta segunda-feira (09/08),

bate o martelo: as mudanças climáticas já estão entre nós,

ocorrendo de modo rápido, generalizado e estão se intensificando.

Elas não têm precedentes em milhares de anos e, em alguns casos,

já podem ser irreversíveis.

 

“A influência humana aqueceu o clima a uma taxa que não tem

precedentes pelo menos nos últimos 2 mil anos”, alertam os

cientistas no sumário. A temperatura da superfície global aumentou

mais rapidamente desde 1970 do que em qualquer outro período

de 50 anos, pelo menos nos últimos 2 mil anos.

 

A temperatura do planeta hoje é cerca de 1,09ºC maior que a

observada no período de 1850 a 1900. Pela primeira vez o IPCC

quanto desse aquecimento é culpa humana, e conclui que é  

assustadora a maior parte – 1,07ºC. 

 

E isso é a temperatura média. Se olharmos só para os continentes

– sem os oceanos, que regulam melhor a absorção de calor e são,

portanto, mais frios – a temperatura já está 1,59ºC mais alta que no

período pré-industrial. “Onde a população está, passamos

de 1,5ºC. Não é mais a história de quando vamos chegar lá.

Já chegamos”, frisa o físico Paulo Artaxo, da USP, um dos

do relatório. 

 

Ou seja, em terra, o aquecimento já superou o estabelecido

pelo Acordo de Paris – que define esforços mundiais para

combater o problema – como o limite de aumento

de temperatura que deveria ser tolerado até o fim do século.

 

É inequívoco, aponta o sumário para tomadores de decisão

(parte mais palatável do relatório, voltada para os governantes),

que atividades humanas – em especial as que provocam emissões

dos chamados gases de efeito estufa, como o CO2 (gás carbônico)

e o metano – estão causando essas mudanças. A influência humana,

reforça os cientistas, torna eventos extremos, como ondas de calor,

chuvas fortes, ciclones tropicais e secas, mais frequentes e severos.

 

Essas são as principais mensagens do compilado de mais de 3 mil

páginas que analisa milhares de pesquisas produzidas sobre o tema

e aponta, com base no melhor conhecimento que existe, o que se sabe

sobre as causas das mudanças climáticas, seus impactos e riscos futuros.

Mais dois documentos serão lançados no ano que vem com sugestões

de medidas de mitigação e adaptação.

 

Relatórios anteriores do IPCC (principalmente o 5º, publicado entre

2013 e 2014, e o 4º, de 2007) já traziam alertas parecidos, mas o novo

calhamaço aumenta o senso de urgência, assim como o grau de atribuição

das mudanças que estão sendo observadas global e regionalmente

às influências humanas.

 

Ministério do Interior da Alemanha/BMI

 

Chuvas intensas causaram enchentes na Alemanha

Aqui e agora

 

Os eventos extremos listados no começo deste texto não chegaram

a passar pelo escrutínio do painel científico – que avaliou estudos

publicados até janeiro deste ano –, mas são exemplos da nova condição

que se estabeleceu no planeta e que tende a ficar cada vez mais comum.

“A cada relatório temos dados melhores, modelagens mais robustas

e a linguagem fica mais clara. Agora a interferência foi considerada

inquestionável, não se discute mais”, resume a pesquisadora

brasileira Thelma Krug, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

(Inpe) e vice-presidente do IPCC. 

 

O trabalho inova ao quantificar essa atribuição do papel humano

nas mudanças já observadas e nas que estão por vir. Eventos de

temperaturas extremas no continente que antes ocorriam uma vez

a cada dez anos, em média, com o aquecimento atual já ocorrem

provavelmente 2,8 vezes. Situações de ondas de calor que antes

ocorriam uma vez a cada 50 anos, agora provavelmente

ocorrem 4,8 vezes.

 

“Alguns extremos de calor recentes observados na última década

teriam sido extremamente improváveis de ocorrer sem a influência

humana no sistema climático. As ondas de calor marinhas praticamente

dobraram de frequência desde a década de 1980, e a influência

humana muito provavelmente contribuiu para a maioria

delas desde pelo menos 2006”, aponta o sumário para

tomadores de decisões.

 

“É muito bom que o documento seja publicado neste momento.

Tira um pouco a responsabilidade da variabilidade natural climática

nos eventos extremos e coloca que a chance é de 0 a 5% de que

eles ocorressem se não fossem as ações

humanas. Ajuda a cair a ficha”, reflete Thelma.

 

Ministério do Interior da Alemanha/BMI

 

Ministro do interior da Alemanha, Horst Seehofer, sobrevoa

regiões afetadas pelas enchentes. O processo de aquecimento

vem se acelerando: cada uma das últimas quatro décadas foi

sucessivamente mais quente do que qualquer década anterior

desde 1850. A data é usada como referência por marcar o

início da Revolução Industrial, quando a humanidade começou

a queimar intensamente combustíveis fósseis, aumentando a

concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.

 

Estudos de paleoclima revelam que a concentração de gases

de efeito estufa na atmosfera é ainda mais impressionante.

A quantidade de CO2 observada em 2019 era mais alta do que

a que ocorreu em qualquer momento dos últimos 2 milhões de anos.

A concentração de outros gases também importantes

para o aquecimento do planeta, como metano e óxido nitroso,

era a maior dos últimos 800 mil anos.

 

O futuro cada vez mais próximo

 

No ritmo atual, a expectativa é que a temperatura média do

planeta chegue a 1,5ºC, ou até exceda esse limite, nos próximos

20 anos. A previsão aproxima dos dias atuais o limite de aquecimento

considerado o mais seguro que deveria ser adiado para o fim do século. 

 

Há três anos, em um relatório especial, o IPCC havia comparado os

riscos de um mundo 1,5ºC ou 2ºC mais quente. Os marcos são

mencionados no Acordo de Paris, que definiu o compromisso de

195 nações do mundo a tentar limitar o aquecimento

a menos de 2ºC até o fim do século, mas com esforços

para ficar em até 1,5ºC. 

 

No documento de 2018, o IPCC mostrou que esse 0,5 grau é

suficiente para aumentar os estragos e que, no ritmo atual, o 1,5ºC

seria atingido entre 2030 e 2052. Passados três anos, o painel indica

que a janela de tempo está se fechando. 

 

Os cientistas trabalham com cinco cenários diferentes

(do mais otimista ao mais pessimista) para estimar como a temperatura

do planeta pode reagir e quais outras mudanças no sistema climático

podem ocorrer nas próximas décadas conforme a

quantidade de emissões de gases de efeito estufa vamos ter.

 

No mais otimista, as emissões de gases de efeito estufa começam

a ser reduzidas já e chegam ao zero líquido por volta de 2050,

com uma combinação de estratégias para ter emissões negativas

a partir de então – como muitos países vêm prometendo

que vão fazer, mas ainda não mostraram como. Somente

nesse melhor cenário é possível estabilizar o aquecimento

em cerca de 1,5ºC até o fim do século. 

 

Há um cenário intermediário, em que as emissões de CO2 se

mantêm nos níveis atuais e começam a cair a partir de 2050.

E dois cenários mais pessimistas, em que o nível de emissões

dobrar em relação ao atual até 2100 ou, no pior caso, até 2050.

 

O relatório deixa muito claro que cada tonelada de gás a mais

na atmosfera vai tornar a nossa vida mais difícil. O mais dramático,

porém, é que muitas das mudanças que estão em curso vão se

 manter por um tempo, porque os gases que aquecem o planeta

hoje não se dissipam tão facilmente. 

 

É o caso, por exemplo, do aumento do nível do mar.

De acordo com os cientistas, no longo prazo, ele vai continuar

subindo por causa do aquecimento do oceano profundo

e derretimento das calotas polares e deve permanecer

elevado por milhares de anos. “Durante os próximos 2.000 anos,

o nível médio global do mar aumentará cerca de

2 a 3 metros se o aquecimento for limitado a 1,5ºC, 2 a 6 metros

se limitado a 2ºC e 19 a 22 metros com 5ºC de aquecimento”,

ressalta o documento.

 

Boa parte do aquecimento da superfície também já está

contratado. “A temperatura global da superfície vai continuar

subindo pelo menos até metade do século sob todos

os cenários considerados. O aquecimento global de 1,5ºC e de 2ºC

será superado no século 21 a menos que reduções profundas

das emissões de CO2 e de outros gases ocorram nas próximas

décadas”, destaca o relatório.

 

No cenário intermediário, condizente com o rumo que a humanidade

está tomando hoje, o aquecimento pode ser de até 3,5ºC.

No pior cenário, a fornalha pode ser até 5,7ºC mais quente. 

 

Importante ressaltar que isso é na média. O que significa que

algumas regiões vão ser muito mais quentes que outras,

como indica o mapa abaixo. Ele mostra como fica cada

região do planeta com um aquecimento médio de 1,5ºC,

na comparação com o período de 1850 a 1900, de 2ºC e de 4ºC. 

 

 

Um Brasil ainda mais quente 

 

“Observe que num mundo 4ºC mais quente, o Brasil fica

com um aquecimento de 5,5ºC. É para onde estamos indo

com as emissões atuais. Imagine Cuiabá, que normalmente

chega a 41ºC, batendo 47ºC. O mesmo em Teresina, Manaus”,

ressalta Artaxo. 

 

O novo documento inova em trazer projeções mais regionalizadas

sobre os impactos das mudanças climáticas e revela que a região

do planeta denominada no relatório como Monção Sul-Americana,

que engloba a porção sul da Amazônia – assim como

as áreas de média latitude e as regiões do semi-árido –

devem experimentar os maiores aumentos de temperatura

nos dias mais quentes. Cerca de 1,5 a 2 vezes

a taxa do aquecimento global. 

 

O número de dias por ano em que a temperatura na região pode

exceder 35ºC pode ser de mais de 150 dias até o final do século

no pior cenário de emissões de gases de efeito estufa.

Essa possibilidade cai para menos 60 dias ao ano no melhor cenário.

 

No Ártico está previsto ocorrer o oposto. A região deve experimentar

os maiores aumentos de temperatura nos dias mais frios. Cerca de 3 vezes

mais que a taxa de aquecimento global.

 

É muito provável que eventos de chuva intensa se intensifiquem

e se tornem mais frequentes na maioria das regiões com aumento

da temperatura. “Em escala global, projeta-se que eventos extremos

diários de precipitação se intensifiquem em cerca de 7% para cada 1ºC

de aquecimento global. A proporção de ciclones tropicais intensos

(categorias 4-5) e as velocidades máximas dos ventos dos ciclones

tropicais mais intensos devem aumentar em escala global com o

aumento do aquecimento global”, escrevem os cientistas no sumário

para tomadores de decisão.

 

De volta ao Brasil, num mundo 2ºC mais quente, é projetado um

aumento das secas em áreas agrícolas e naturais na região do sul da Amazônia.

 

No Nordeste, os cientistas apontam uma alta confiança de um aumento

Dominante na duração da seca. No Sudeste, é projetado um aumento

da intensidade da frequência e da intensidade de chuvas extremas

e inundações a partir de um aquecimento global de 2ºC.

 

“Estamos falando há 20 anos que a situação está periclitando,

que o caldo está engrossando. É isso, ele já engrossou”, complementa

Artaxo.

 

Questionado se considerava o tom desse relatório mais dramático

que os anteriores, Artaxo deu uma risada amarga. “Dramático é um

adjetivo que não combina com ciência”, explicou. “Mas é o relatório

mais enfático em dizer que é inequívoco nosso impacto no clima

e é enfático em dizer que precisamos reduzir emissões já. Agora.

Não é na próxima década não.” Para ele, mesmo sem trazer

explicitamente essa expressão, o relatório mostra que

o “planeta entrou em estado de emergência”.

 

Não é pessimismo. É um choque de realidade. Ainda dá

para fazer algo a respeito –se não para zerar o problema,

ao menos para torná-lo menos danoso. A esperança

é que o relatório aumente a pressão sobre a Conferência

do Clima da ONU, a COP-26, que será realizada em

novembro em Glasgow (Escócia). 

 

O evento, atrasado em um ano por causa da pandemia,

tem a expectativa de impulsionar o Acordo de Paris e acelerar

as mudanças que possam zerar as emissões líquidas de gases

de efeito estufa até 2050. O IPCC está dizendo que isso só vai

ser alcançado se as emissões não só de CO2, mas também de

metano (gás ligado principalmente à pecuária, o que aumenta

a pressão sobre o Brasil) começarem a cair agora. Num ritmo

de cerca de 7% ao ano. 

 

“Em 2020, no início da pandemia, as emissões caíram 6,7%

quando tudo foi fechado, teve lockdown, o transporte aéreo parou.

Imagine que tem de ser assim pelos próximos 30 anos”, resume Artaxo. 

Histórias como essa precisam ser conhecidas e debatidas pela

sociedade. A gente investiga para que elas não fiquem escondidas

por trás de interesses escusos. Se você acredita que o jornalismo

de qualidade é necessário para um mundo mais justo, nos ajude nessa missão.”

 

AGRADECIMENTOS: À equipe jornalística do PUBLICA, por essa

maravilhosa síntese e alerta dos riscos que já são do nosso conhecimento,

mas ainda não entendidos pela maioria da nossa população,

e principalmente por nossos políticos.

 

PREZADO LEITOR: Acompanhe, divulgue, participe!

 

OBRIGADA E  PARABÉNS, GIOVANA GIRARDI!

 

Profa. Tania Belfort

11 Agosto 2021

 

FONTE: https://apublica.org/2021/08/relatorio-do-ipcc-comprova-o-aquecimento-global-ja-esta-aqui/